Uma breve resenha do Filme Get On Up: A história de James Brown.

O filme Get On Up – A História de James Brown (2014) é uma cinebiografia que retrata a trajetória do “Padrinho do Soul”, mostrando sua ascensão da pobreza ao estrelato e seus conflitos pessoais e artísticos. Dirigido por Tate Taylor e estrelado por Chadwick Boseman, o filme destaca a força das performances musicais e a narrativa não linear. A produção é da Imagine Entertainment e da Universal Pictures, com trilha sonora original baseada nos sucessos de Brown. Com 2h19min de duração, o longa combina energia, drama e recriação histórica para celebrar o legado do músico.

A História de James Brown reconstrói a trajetória de um dos artistas mais influentes da música norte-americana, mostrando como sua força criativa, disciplina rígida e personalidade complexa moldaram o surgimento do funk e transformaram o cenário cultural dos EUA. Dirigido por Tate Taylor, o filme assume um ritmo intenso e fragmentado, refletindo a energia quase incontrolável que acompanhou a vida do cantor. Já na abertura, o espectador é convidado a entrar em um universo pulsante, marcado por performances arrebatadoras e uma presença de palco inigualável.

A narrativa não segue uma linha temporal convencional; ao contrário, salta entre diferentes fases da vida de Brown, oferecendo um mosaico emocional que revela tanto sua genialidade quanto suas contradições. O roteiro alterna entre momentos de sofrimento na infância pobre, a rigidez das casas de parentes, o início turbulento no crime e a redenção através da música. Esses recortes construídos de forma não linear reforçam a ideia de que compreender James Brown exige olhar para suas múltiplas camadas, e não apenas para o mito.

A história de James Brown onde assistir? – o filme pode ser assistido na Prime Vídeo

Chadwick Boseman entrega uma performance impressionante, mergulhando profundamente nos gestos, na voz e na energia cênica de Brown. O ator captura tanto a potência artística quanto a complexidade emocional do músico, evitando caricaturas e apostando num retrato humano – marcado por inseguranças, impulsos autoritários, mas também por uma determinação feroz. A interpretação se destaca especialmente nas sequências musicais, filmadas com vitalidade e coreografias meticulosas.

O filme também aborda as relações pessoais de Brown, sobretudo sua parceria com Bobby Byrd, que funciona como contraponto moral ao protagonista. Ao mesmo tempo em que mostra a lealdade e a fraternidade entre ambos, a narrativa não esconde o temperamento difícil e muitas vezes abusivo de Brown. Esse equilíbrio é um dos pontos fortes da obra: ela celebra a genialidade sem santificar o artista, reconhecendo a dor que muitas vezes deixava para trás.

Ao final, A História de James Brown se consolida como uma cinebiografia vibrante, que honra o legado de um criador revolucionário sem ignorar suas contradições. Com direção enérgica, trilha sonora poderosa e uma atuação central memorável, o filme oferece ao público não apenas um retrato de um ícone, mas também uma reflexão sobre o preço da fama, da genialidade e da busca incansável por controle. É uma obra que emociona, entusiasma e reafirma a influência duradoura de James Brown na música e na cultura mundial.

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