Esse texto é pra você que quer fazer ou mesmo pra quem já está dentro e se sente inseguro sobre o processo de pesquisa. É para superar os mitos sobre a pós-graduação.
Separei 6 coisas que as pessoas pensam ser verdades, mas que são mitos, que só pioram a ansiedade dos pesquisadores.
Eu vou revolucionar o mundo
Isso acontece muito em Ciências Humanas, especialmente entre aqueles que não têm muita experiência. Mesmo pessoas com alguma experiência entram na pós-graduação achando que vão “mudar o mundo” com sua pesquisa.
Claro que você precisa ver um sentido no que faz e acreditar que sua pesquisa contribuirá para algo. Pode ser para entender melhor um povo indígena; pra desmistificar algum fato que gera atrito em alguma sociedade; ou mesmo para ajudar a esclarecer situações que alimentam desigualdades sociais.
Mas, pensar que é sua obrigação fazer algo tão grande que mudará a sociedade inteira profundamente pode ser bastante estressante. Você se cobrará demais e nunca estará feliz com o resultado.
Então, pense: contribuir sim, tentar carregar peso maior que sua capacidade, não.
Preciso ser original
Tá aí uma coisa que muita gente tem medo quando pensa em fazer pós-graduação. Muitos acreditam que toda pesquisa precisa ser original. A gente tem que pensar de acordo com o estágio aqui: mestrado ou doutorado.
No mestrado, ser original não é exatamente o objetivo; já ouvi muitos professores dizendo (inclusive meu orientador) que nessa fase o que precisamos é conhecer bem a literatura na nossa área de estudo e também aproveitar o processo para se tornar um pesquisador e professor melhor.
Já no doutorado, sim, se espera que o pesquisador ofereça algo original. Sua tese precisa trazer algo novo. Mas, mesmo aqui, a questão da originalidade não é absoluta, já que sua pesquisa (ou de qualquer outra pessoa) jamais vai partir do nada.
Antes de continuarmos…
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Minha dissertação/tese precisam ser grandes, para impressionar
Como o subtitulo aí acima, muita gente pensa que precisa escrever “horrores” para ser respeitado e se fazer entender. Eu mesmo, por experiência própria, fiz uma tese de doutorado com 361 páginas – no mestrado foi menos que isso. No passado isso até fazia sentido, se pensava em “construir o trabalho da vida”.
Mas, isso já não é mais necessário. Às vezes é o contrário: escrever demais pode mostrar alguma falta de objetividade. Em outros casos é simples preciosismo mesmo, querer mostrar que é capaz, ou algo do tipo. Acontece que se quisermos ser lidos, escrever demais pode assustar e inibir possíveis leitores.
O que quero dizer é que você consegue fazer uma dissertação ou tese ótima sem ter que escrever demais. É até melhor para que você mostre que conseguiu manter o foco e atingiu o objetivo proposto no seu projeto de pesquisa.
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Preciso ler tudo e todos
Isso está muito relacionado aos pontos anteriores, porque na cabeça de não poucos pesquisadores, para eu saber o que falar preciso ler tudo que eu encontrar. Fazemos pilhas de textos; enchemos nossos Kindles e HDs do computador com documentos e ebooks; gastamos horrores com livros que “temos que ler” ou que achamos que temos que ler.
Mas, nesse caso, só com o desenrolar da pesquisa vamos perceber que muita coisa não teremos tempo de ler. Algumas só leremos anos depois. Por exemplo, quando fazemos contextualização e discussão teórica, ler autores e fontes primárias diretamente é ótimo – mas nem sempre viável. Às vezes precisamos ou podemos (sem prejuízo) recorrer aos “apuds” da vida. Tomar um autor que discuta historiografia, por exemplo, e extrair dele pontos e informações que serão suficientes para a compreensão geral do seu texto.
O que muda – sem dúvida – quando se trata do grosso da pesquisa. Nesse caso, quanto mais lermos e relermos, mais conseguiremos nos aprofundar e oferecer um melhor texto final (dissertação ou tese). Mas, ainda assim, nunca conseguiremos dar conta de tudo que imaginamos no início – o que não quer dizer que possamos usar isso como desculpa, também.
Leia o que puder, seja responsável, conclua seu texto final, e tá tudo bem!
Preciso fazer tudo que o orientador manda
Por último, mas ainda importante, há um mito de que os orientandos são apenas extensões de seus orientadores. Claro que precisaremos deles e mesmo seguiremos muito do que nos proporem; claro que existe também orientadores que mais parecem ditadores. Mas, o texto final, com toda orientação dada, ainda será seu.
O trabalho pesado será em grande parte seu. As leituras, releituras, escritas e a maioria das revisões… O que pode mudar, nesse caso, por exemplo, é a qualidade do seu orientador, que pode ser participativo e amigável ou pode ser distante e frio.
Ainda assim, o texto final terá a sua assinatura.
E aí, esse post te ajudou em alguma coisa? Você tem algum mito a acrescentar? Manda nos comentários!
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