Georges Duby é um dos grandes historiadores do século XX, que dedicou sua vida especialmente aos estudos da Idade Média!
Georges Duby nasceu em 7 de outubro de 1919, em Paris, França. Ele estudou na École Normale Supérieure e na Sorbonne, onde obteve sua tese de doutorado em 1952.
Se destacou em história medieval, tendo sido professor em várias universidades francesas, incluindo a Universidade de Poitiers e a École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris. Ele também foi professor visitante em várias universidades americanas, incluindo a Universidade de Harvard e a Universidade de Yale. Desde de 1970, atuou como professor no College de France, na cátedra de História das Sociedades Medievais.
Duby é conhecido por sua contribuição para a história social e cultural da Europa medieval, especialmente sobre a história das mulheres e da família.
Ele fez parte da escola francesa de estudiosos dos Annales e contribuiu amplamente para compreensão da história europeia. Nesse sentido, ao se inserir no movimento da Nova História, o que Duby fez foi colocar as sociedades no centro das atenções, olhando as pessoas comuns e os aspectos da vida cotidiana, ressaltando a importância da imaginação para o ofício do historiador.
Estudou e escreveu sobre inúmeros temas, a exemplo dos homens, das damas, dos cavaleiros, dos religiosos na Idade Média. Tratou ainda sobre economia, sobre casamento, sobre amor. Além de ter sido importante para a organização de estudos sobre a vida privada e a história da família. O resultado de todos esses estudos são suas dezenas de livros, dentre os quais poderiamos destacar O Ano 1000, Idade Média, Idade dos Homens, A Idade das Catedrais e História da Vida Privada (a qual dirigiu com Philippe Ariès).
Ele é sem dúvida um dos mais importantes historiadores franceses do século XX, e teve e ainda têm influência na história social e cultural. Seus trabalhos foram traduzidos para vários idiomas, amplamente lidos e discutidos na comunidade acadêmica e fora dela também.
Georges Duby foi membro associado de inúmeras entidades, tais como Academia de Bélgica, Academia Medieval Norte-americana, Academia Britânica, Academia Nacional de Lincei e da Sociedade Filosófica Norte-americana. Estudioso de prestigio, foi premiado com o Prêmio da Fundação de França, em 1973, com o Gobert da Academia Francesa, em 1978, e com o Prêmio Goncourt de História, em 1989.
Ele faleceu em 1990, Le Tholonet, França.
Bom, por enquanto é isso. Caso queira saber mais sobre esse autor ou as discussões em que ele está inserido, existe, dentre outros, o livro Compreender Georges Duby, de Milton Carlos Costa. Há o artigo A História é uma arte – George Duby, escrito coletivamente por Ana Paula Peters, Andrea Dal Pra de Deus, Elaine Cristina Senko, Janira F. Pohlmann e Otávio Luiz V. Pinto. O artigo foi publicado pela Revista Mosaico, da PUC-GO, aliás, em um dossiê chamado “História e Idade Média”. É possível também encontrar diversas resenhas dos livros de Georges Duby em português, além de entrevistas em formato de texto e mesmo em vídeo do Youtube.
Os livros desse autor
(clique no título para ver mais a respeito)
A Construção do Ocidente Cristão (1966-1967)
O Domingo de Bouvines (1973)
Guerreiros e Camponeses: os primórdios do crescimento econômico europeu séc. VII-XII (1973)
O Ano 1000 (1974)
O Tempo das Catedrais (980-1420) (1976)
Arte e Sociedade na Idade Média (1977)
A Sociedade Cavaleiresca (1977)
As Três Ordens ou o imaginário do Feudalismo (1978)
A História Continua (1991)
Amor e Sexualidade no Ocidente: e história contínua (1993)
As Damas do Século XII (1995-1996)
Ano 1000, ano 2000 (1998)
História da vida privada (obra coletiva)
Livro destaque desse autor:
O Ano Mil
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*originalmente postado em 9/abr./2020.
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