O filósofo Byung-Chul Han tem sido um grande estudioso da condição humana atual, sobre o mundo do trabalho e sobre tecnologia. O que inclui um examine do cansaço da época atual, o excesso de positividade e as doenças neuronais advindas do novo momento.
Byung-Chul Han é um filósofo sul-coreano nascido em 1959. Ele é conhecido por suas obras que exploram temas como a sociedade contemporânea, a tecnologia, a cultura digital e o impacto psicológico da era moderna. Ele estudou filosofia e teologia na Universidade de Friburgo, na Alemanha, onde posteriormente também obteve seu doutorado.
Dentre suas influências estão pensadores como Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger e Michel Foucault. Heidegger, aliás, é central na sua análise como um todo, tendo sido objeto de sua pesquisa de doutorado.
Han é conhecido por suas críticas à sociedade do excesso de informações e do neoliberalismo, argumentando que essa cultura de hiperconexão e busca incessante por produtividade tem consequências negativas para a saúde mental e para o indivíduo.
Algumas de suas obras mais conhecidas incluem A Sociedade do Cansaço, onde discute a exaustão física e mental que muitos enfrentam na sociedade contemporânea, e A Sociedade da Transparência, em que analisa a visibilidade constante e como isso afeta a privacidade e a autenticidade. Nessa sociedade atual não haveria espaço para o privado, assim como carece ela de sentido de comunidade, de defesa de interesses coletivos – daí ele considerar, por exemplo, o conceito de classe como antiquado.
Byung-Chul Han também é professor e lecionou em várias universidades renomadas. Desde 2012, é professor de estudos de filosofia e estudos culturais na Universidade de Artes de Berlim (UdK).
Sua escrita provocativa e análise crítica da cultura moderna o tornaram uma voz influente no campo da filosofia contemporânea e nos debates sobre os impactos da tecnologia na sociedade e na psicologia humana.
Conheça os livros do autor
Seus livros e ideias
Byung-Chul Han é autor de vários livros que exploram questões filosóficas e sociais da era contemporânea. Esses livros, em geral, são curtos e complementam-se e aprofundam-se. Assim que ele vai discutindo e costurando ideias, desde a violência até a sexualidade, em geral controladas por uma psicopolítica atual, que se diferencia da biopolítica de outros tempos.
São incluidos na sua análise a questão da sociedade neoliberal, que cobra cada vez mais do indíviduo, no singular. Uma cobrança que não aceita falhas, cuja culpa é do próprio individuo, que não se esforça o suficiente. Uma cobrança terceirizada, delegada ao próprio sujeito que se autovigia, se autopune, daí o aparecimento de doenças como depressão e burnout.
Além dos que já mencionei, ele ainda é autor de Psicopolítica, Topologia da Violência, A Agonia do Eros, No Enxame e Sociedade Sem Narrativas.
Veja também as dicas de livros que deixei no fim dessa postagem!
Um destaque desse autor
Outras dicas
– A voz na sua cabeça, Ethan Kross
– Saúde mental, depressão e capitalismo, Elton Rogério Corbanezi
– Manual de saúde mental, Benedetto Saraceno, Fabrizio Asioli, Gianni Tognoni
– Não aguento mais não aguentar mais: Como os Millennials se tornaram a geração do burnout, Anne Helen Petersen
– Sociedade do cansaço, Byung-Chul Han
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