As questões existenciais povoam nossa mente, isso é inevitável. Esse tema tem sido recorrente em alguns dos meus últimos posts no blog. Por isso, preparei uma lista de livros introdutórios ou não para pensar com o Existencialismo.
O EXISTENCIALISMO na verdade não é um só. É um conjunto de teorias formuladas no século XX, com forte influência do pensamento do filósofo Kierkegaard (1813-1855). A ideia em geral é incluir a realidade concreta do indivíduo (sua mundanidade, angústia, morte etc.), a existência, no centro da especulação filosófica. O que gera desde então polêmicas com doutrinas racionalistas que dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos e universalistas.
Para entender as ideias existencialistas e os caminhos nem sempre concordantes, alguns livros são interessantes.
Para começar de um ponto muito básico, introdutório e didático, eu recomendaria o livro Existencialismo, uma breve introdução, de Jacques Colette. Este livro mostra as linhas do ideário existencialista em torno das noções de realidade, liberdades individuais e subjetividade, perpassando o pensamento daqueles que influenciaram o movimento – Kierkegaard, Husserl, Jaspers, Marcel, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty e Camus.
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Do livro de Colette, partimos para um também “introdutório”, só que mais complexo. Jean-Paul Sartre é um dos grandes nomes do Existencialismo, que tem nesse pequeno livro um texto circunstancial no percurso intelectual, um ponto de viragem na sua trajetoria.
As objeções à sua obra, que ele procura inventariar nessa conferência, por mais confusas e hostis que sejam, provocarão novas questões que serão tratadas mais tarde, após um livre amadurecimento, testemunhado, entre outras coisas, por seus escritos póstumos.
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De uma introdução para livros mais densos de Sartre, a leitura pode caminhos com O Ser e o Nada e a Náusea.
A Náusea é o primeiro romance de Sartre, considerado pela crítica e pelo próprio autor o mais perfeito de sua sempre inquieta e inovadora carreira. O protagonista desta história é o intelectual pequeno-burguês Antoine Roquentin, símbolo de uma geração que descobre, horrorizada, a ausência de sentido da vida.
Em um diário, o personagem passa, então, a catalogar impiedosamente todos os seus sentimentos, que culminam em uma sensação penetrante e avassaladora: a náusea.
Publicado pela primeira vez em 1938, o livro foi um marco na ficção existencialista e é até hoje um dos textos mais famosos da literatura francesa do século XX. Esta edição da capa acima conta com prefácio inédito de Caio Liudvik, pós-doutor em Filosofia e autor de Sartre e o pensamento mítico.
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Publicado, em 1943, O Ser e o Nada dá continuidade a uma reflexão que já se iniciara no princípio do século com pensadores como Kierkegaard, Jaspers e Heidegger, exercendo uma incontornável influência sobre as cinco últimas décadas.
Sartre desenvolveu um prodigioso e completo sistema de ‘explicação total do mundo’ através de um exame detalhado da realidade humana como ela se manifesta, estudando o abstrato concretamente.
Ao ser publicado, O ser e o nada causou espanto, polêmica, protestos, admiração. Com sua originalidade transgressora e contestações às verdades eternas da tradição filosófica, constitui o apogeu da primeira fase da filosofia sartriana.
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Claro que Sartre não é unanimidade, embora seja inegável sua importância para a discussão da existência. Mas, muita gente volta com frequência à Martin Heidegger, que afora sua trajetória pessoal e escolhas políticas muito criticadas (era ele um nazista de “carteirinha”), ofereceu discussões valiosas no que diz respeito ao Existencialismo. É dele o livro Ser e Tempo, de 1927.
Este livro é um clássico de Heidegger, que continua sendo fundamental para aquele indivíduo que pretende conhecer e entender o ser humano de forma integral. Separadas vida do filósofo e sua obra, a longa trajetória mental deste autor rendeu uma valiosa contribuição intelectual para a humanidade.
Ser e tempo ultrapassa em muito uma simples obra de filosofia. A edição da imagem acima é uma junção de dois volumes, elaborada pela Editora Vozes e pela Editora Universitária São Francisco, que contém ainda um glossário em alemão-português, português-alemão, muito importantes para entender o vocabulário heideggeriano.
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Retrocendendo às origens do Existencialismo, chegariamos a Søren Kierkegaard, que é considerado o “pai” do existencialismo. Um sujeito melancólico, que oferece uma reflexão profunda sobre o ser humano, sua condição, sua relação com o mundo e o divino.
Kierkegaard foi um teólogo e um filósofo dinamarquês do século XIX. Filosoficamente, ele fez a ponte entre a filosofia hegeliana e aquilo que se tornaria no existencialismo. Kierkegaard rejeitou a filosofia hegeliana do seu tempo e aquilo que ele viu como o formalismo vácuo da igreja luterana dinamarquesa.
Muitas das suas obras lidam com problemas religiosos tais como a natureza da fé, a instituição da fé cristã, e ética cristã e teologia. Por causa disto, a obra de Kierkegaard é, algumas vezes, caracterizada como existencialismo cristão, em oposição ao existencialismo de Jean-Paul Sartre ou ao proto-existencialismo de Friedrich Nietzsche, ambos derivados de uma forte base ateística.
A obra de Kierkegaard é de difícil interpretação, uma vez que ele escreveu a maioria das suas obras sob vários pseudônimos, e muitas vezes esses pseudo-autores comentam os trabalhos de pseudo-autores anteriores.
Dentre suas obras de destaque, estariam Ou-Ou Um Fragmento de Vida, Temor e Tremor, O Desespero Humano e O Conceito de Angústia.
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Além dos livros citados acima, muitos outros poderiam ser citados, mas fiquemos com mais algumas obras existencialistas:
- O Estrangeiro – Albert Camus
- A Peste – Albert Camus
- Assim Falou Zaratustra – Friedrich Nietzsche
- Notas do Subsolo – Fiódor Dostoiévsky
- A Idade da Razão – Jean-Paul Sartre
- Nos Cumes do Desespero – Emil Cioran
- O Lobo da Estepe – Hermann Hesse
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