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Filme Nosferatu (2024), uma resenha

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Texto de Louis Leite

Não consigo imaginar uma forma mais adequada de reimaginar Nosferatu com os recursos cinematográficos atuais. A direção utilizou elementos como iluminação e filtros para narrar, com precisão, uma história clássica, enquanto o elenco demonstrou uma sensibilidade notável ao transmitir as emoções complexas que permeiam a obra.

Nosferatu não se propõe a agradar um público acostumado às demandas do entretenimento fácil e descartável. Sua proposta é reviver o que há de mais fascinante nos gêneros de misticismo e terror, unindo suas raízes essenciais a uma execução impecável. As cenas de “aversão” são conduzidas com excelência, explorando a profundidade psicológica e moral dos personagens, que são incrivelmente bem construídos.

A narrativa aborda o gótico de maneira fiel à tradição literária que remonta ao século XVIII. No filme, o vampirismo assume um caráter monstruoso e simbólico, representando um erotismo que amplifica o medo e o horror. Essa abordagem, carregada de tensão entre desejo e repulsa, traz um contraste perturbador que é central à essência e estética do gênero gótico.

Do início ao fim, a experiência foi marcante e profundamente satisfatória, me ofereceu algo longe do raso e do previsível que domina tantas produções contemporâneas.

E você, o que achou do filme? Deixe nos comentários.

Cartaz do filme

Louis M. Leite nasceu na ilha São Francisco do Sul em fevereiro de 2007. Sua paixão pela literatura se iniciou ainda na infância, evoluindo para a escrita posteriormente, aos doze.

Familiarizado com o cinema e o teatro, pode ser encontrado na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, em eventos culturais e participando de projetos. Sempre está atrás de uma oficina de roteiro ou fotografia de cinema, não gosta de perder nenhuma oportunidade.

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