A escravidão na Roma Antiga

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escravidão na Roma Antiga

O tema da escravidão na Roma Antiga é muito interessante, especialmente para nos ajudar a entender as sociedades escravistas modernas, tais como os Estados Unidos e do Brasil.

A escravidão foi uma instituição central na Roma Antiga, influenciando profundamente a economia, a sociedade e a cultura romanas. Não atoa o historiador brasileiro Fabio Duarte Joly chamar a atenção para o conceito de Sociedade Escravista.

Estima-se que, em seu auge, até 40% da população de Roma consistia de escravos, provenientes de diversas partes do mundo conhecido.

Os escravos em Roma eram, em grande parte, prisioneiros de guerra, mas também incluíam pessoas capturadas por piratas, indivíduos que não podiam pagar suas dívidas e crianças vendidas por suas famílias.

Além disso, havia uma significativa reprodução interna, com filhos de escravos também sendo escravizados.

Os escravizados na Roma Antiga em geral tinha valor no mercado, eram mercadorias vendidas em espaços públicos.

Vida dos Escravos

A vida dos escravos variava consideravelmente. Aqueles que trabalhavam nas minas e nas fazendas, conhecidos como latifúndios, enfrentavam condições extremamente duras e tinham pouca esperança de liberdade.

Em contraste, escravos domésticos e urbanos, como secretários, professores, médicos e artesãos, podiam ter uma vida relativamente melhor e algumas vezes conseguiam comprar sua liberdade.

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Essa é uma grande difença em relação à escravidão moderna (exemplo do Brasil). O escravo era mercadoria, mas diferente da escravidão romana, a moderna permitia certas liberdades de movimento.

Mas, conforme chama a atenção o historiador Fabio Duarte Joly, assim como na escravidão moderna, a escravidão em Roma era a base da sociedade.

Daí o recurso ao conceito de Sociedade Escravista, que leva em conta não só a questão econômica, mas também a política, a cultural e a social.

Segundo outro historiador, Moses Finley, a escravidão não era apenas uma questão econômica, mas também uma parte integral da vida social e cultural romana.

Ele destacou como a escravidão estava profundamente entrelaçada com a estrutura social romana, influenciando relações de poder, status social e até mesmo aspectos da cultura e do pensamento romano.

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Libertação e Impacto na Sociedade

A manumissão, ou libertação de escravos, era comum na Roma Antiga. Muito mais que seria nos Estados Unidos e no Brasil.

Escravos libertos ainda tinham obrigações para com seus ex-senhores, mas podiam alcançar uma considerável mobilidade social.

E mesmo que o ex-escravizado não pudesse em algum momento e por alguma lei, seus filhos poderiam, por exemplo, serem eleitos para cargos políticos, como legítimos cidadãos.

Claro que como escravo não tinha total liberdade de movimento; deviam trabalho ao seu senhor; assim como podia sofrer coerções e punições.

Por fim, para diversos historiadores, a história do declínio e queda do Império Romano do Ocidente teria muito a ver com a questão da escravidão.

Muitos escravizados vão se tornando livres, aumentando o número de cidadãos romanos.

Ao mesmo tempo em que há uma diminuição das conquistas romanas e, consequentemente, também do número de escravos disponíveis.

Com isso, a sociedade que na escravidão se baseava sofre fortes abalos, que contribuem para lhe enfraquecer as estruturas.

Algumas referências:

  1. Finley, Moses I. (1998). Escravidão antiga e ideologia modernaclique aqui para adquirir
  2. Cardoso, Ciro F.. Trabalho compulsório na antiguidadeclique aqui para adquirir
  3. Joly, Fabio Duarte. Escravidão na Roma Antigaclique aqui para adquirir

A escravidão em Roma Antiga foi uma instituição complexa e multifacetada, cuja compreensão nos ajuda a apreciar as dinâmicas de poder e as relações sociais daquela época.

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