Há tempos me peguei pensando sobre atitudes minhas no dia a dia de historiador. Se você já assistiu o filme O sexto sentido saberá do que estou falando.
Todos os dias me pego divagando e às vezes, usando um pouco o meu “sexto sentido”, converso com gente que mora em outro plano. Gente que morreu há algumas décadas ou há séculos atrás!
Todos os dias me pego divagando e às vezes, usando um pouco o meu “sexto sentido”, converso com gente que mora em outro plano. Gente que morreu há algumas décadas ou há séculos atrás!
Como é isso? Pode perguntar quem não é da área. Trata-se de uma consequência característica do meio em que me insiro quando busco conhecimentos em História (e outras ciências também). Ler autores mortos, às vezes, é como ter um bate papo com um parente ou amigo próximo.
Agora, o engraçado é que, as vezes, as “conversas” são tão intensas, que chego ao ponto de criticar o autor lido, como se eu estivesse face a face com ele. Ou disparo impropérios contra um outro que é reacionário, ou mesmo invoco as mães de outros tantos sujeitos, que também já não estão no plano físico.
Se o que eu disse não soou engraçado, no mínimo é de se constatar que nós, historiadores, além dos muitos vivos, conversamos também com outro tanto de gente morta.
Os historiadores: Clássicos da história, vol. 2: De Tocqueville a Thompson
Maurício Parada
* Imagem do filme O sexto sentido. Disney/Buena Vista.
* Postado originalmente em 5/out/2012.
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