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Estamos começamos um especial sobre a Primeira Guerra Mundial, um dos eventos (senão o evento) que mais marcaram a história do século XX. 


Ela foi chamada de Grande, mas ainda com toda sua grandeza não recebeu os mesmos “louros”, a mesma quantidade de filmes e os mesmo número de monumentos memoriais que a sua sucessora, chamada de Segunda por sua causa.

Apesar disso, motivados pelas proximidades de seu centésimo aniversário, alguns livros e produções cinematográficas vem surgindo, alimentando a imaginação histórica dos que gostam de saber sobre as Grandes Guerras do século próximo passado, como é o caso, por exemplo, dos filmes recentes Cavalo de Guerra e O Barão Vermelho.

Capa do filme O Barão Vermelho (2008)

A Primeira Guerra Mundial tem o dia 28 de junho como marco de seu “início”, quando ocorreu o assassinato de Francisco Ferdinando, o Arquiduque da Áustria e até então herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, em Sarajevo, Bósnia. Sua morte foi uma “desculpa” para retalhações à Sérvia, acusada de envolvimento na ação, afinal o assassino, Gavrilo Princip, fazia parte de uma organização secreta chamada Mão Negra, sediada na Sérvia.

O governo sérvio negou, mas a Áustri-Hungria estava determinada a levar adiante a retalhação. Impôs um Ultimato durissimo, que serviu apenas de desculpa para o início de ofensivas. Essa ação contra a Sérvia acionou as alianças até então estabelecidas – a Rússia era sua “protetora”. Em pouco tempo teríamos como consequência o início das declarações de guerra e das hostilidades.

A morte de Francisco Ferdinando não foi o único motivo, claro. Entre os mais importantes motivos as tendências imperialistas das grandes potências europeias, com suas indústrias desenvolvidas e sedentas por manter os seus recantos imperiais (na África e Ásia, sobretudo) e ainda por expandi-los, se possível. Às colônias cabia a função de compradoras das mercadorias europeias, sejam quais fossem elas, e fornecedoras de matérias primas, além das outras riquezas minerais. Sobre o Imperialismo temos um post aqui no site, basta clicar aqui

Soma-se às tendências imperialistas propriamente, os nacionalismos europeus, usados para promover a adesão de suas populações à causa da guerra. Temos  nesse contexto o nacionalismo das populações que se encontravam dominadas pelo Império Austro-Húngaro ou pelo Império Russo, que ansiavam por suas independências (como é o caso da Bósnia em relação à Áustria-Hungria, local estopim dos primeiros conflitos). 

No conflito se alinharam países que eram inimigos clássicos, como Inglaterra e França. Na divisão das potências tivemos: a Tríplice Aliança, entre Alemanha, Áustria-Hungria e Itália, que muda de lado em 1915; e a Tríplice Entente, entre as citadas Inglaterra e França, mais o então Império Russo, do Czar Nicolau II, que sairia em 1917 do conflito para fazer sua Revolução de Outubro, mais os Estados Unidos que entraria na Guerra em 1917.

O pôster acima anuncia o filme Under Four Flags (Sob quatro bandeiras). Ele foi feito pela Divisão de Filmes do Comitê de Informações Públicas, um órgão do governo estabelecido nos Estados Unidos, mostrando a união entre Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Itália.

A Primeira Guerra começou com as potências envolvidas não imaginando conflitos tão longos e abrangentes. E no final, deixou uma triste marca na história da humanidade, com um saldo assustador de aproximadamente 9 milhões de soldados mortos e 20 milhões de feridos. Mas também a Grande Guerra abriu espaço para novas experiências, com a esperança lançada pelo Comunismo Russo – que se deu certo ou não, já é outra discussão. 

“A única estrada para os ingleses”, cartaz inglês para o alistamento de soldados.

Bom, mas essas e outras informações vocês poderão acompanhar nas outras partes do Especial, os links está logo abaixo.

Sugestão de livro:

A Primeira Guerra Mundial, Martin Guilbert 

* Imagem do topo: ”’Description”’: Trincheiras na Flandres na Primeira guerra mundial em La Lys, em 1918. 

** Com exceção da capa do filme O Barão Vermelho, as demais imagens foram extraídas do site www.wdl.org.
*** Originalmente postado em 31/maio/2014.

 
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