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Quando ouvimos falar em “invasões” de grupos de MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), geralmente acompanham-se frases dizendo, mais ou menos assim: “que ele é um movimento formado por um bando de vagabundos que invadem as fazendas querendo desapropriar uma terra da qual não possuem nenhum direito” (Depoimento oral de um professor graduado em Letras). A verdade não é bem esta. Na realidade são embarcadas para os acampamentos rurais (movimentos caracterizado por moradias constituidas sob lona) apenas as terras com as quais o governo fez o compromisso de desapropria-las, para então serem ocupadas num assentamento (moradia caracterizada pela já ocupação da posse de terra dos assentados). Ou seja, os Assentamento Rurais são resultados de políticas do Estado, assim como de pressões efetivadas por grupos de trabalhadores e/ou aliados exigindo alternativas de inclusão social, que implicam na redistribuição fundiária.
De acordo com dados do INCRA (2006), ao total são 123 Assentamentos formados na região de Mato Grosso do Sul, onde todos eles são efetivados segundo politícas publicas.
Noutras palavras, como analisa Ferrante (1994, p.127), “os assentamentos devem ser encarados como processos sociais complicados, cuja constituição, inserida em um complexo e contraditório jogo de forças sociais, reaviva debates que nunca saíram de cena para estudiosos da questão agrária”.

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