Imagem retirada do Blog Jornal do Estudante
Ah, a Educação! Eu amo a Educação, não duvidem. Sempre ela pra encher as nossas linhas de emoção. Mas as vezes amar a Educação, com todas as suas disciplinas, parece a via crucis dos professores, que esperam por fins de semana e feriados para repensar os caminhos andados e os ainda por andar. Educação essa que inspira o amor, que nos faz ver que vale a pena labutar, superando obstáculos e tentando vencer barreiras, que as vezes parecem túneis de escuridão sem luz no fim.
É um caminho de paradoxos: pois afinal, é de amor que morremos ou seria de desgosto que suspiramos todos os começos de dia, quando saímos rumo às nossas missões rotineiras? As vezes me parece como em um jogo de vídeo game, em que temos que enfrentar “monstros” assustadores e receber em troca algumas míseras moedinhas.
Ultimamente recebi de um amigo (Sammer Almeida) uma notícia do Estado do Mato Grosso do Sul, onde morei em tempos felizes e produtivos antes de vir para Santa Catarina. Nela falava-se em alunos da capital que vaiaram o seu Governador numa reunião de entrega de materiais didáticos. Se fossem professores talvez não tivesse tanto estardalhaço, mas tratava-se de alunos. E o mesmo governador, tentando minimizar ofereceu R$ 100,00 para quem conseguisse cantar o hino do estado inteiro: ninguém sabia. Completando, ainda disse: “no final, o camarada vê que perdeu uma oportunidade”.
Oportunidade de que? Receber materiais didáticos deploráveis (eu conheço os mesmos) e ainda se mostrar sorridente ao ver seu chefe de estado exultante e feliz de entregar os kits 44 dias depois do início do ano letivo?
Falando em monstros e de coisas que faltam no Brasil, basta olharmos para os nossos sistemas de Saúde. Em alguns poucos casos melhorando, reconheçamos, mas ainda deixando suas “chagas” expostas para quem quiser se aterrorizar. Nem preciso mencionar as filas intermináveis, causadoras de tantos males e mortes quanto os que já temos quando entramos nesses decadentes recintos, ou o quanto, talvez, mais “felizes” sejamos quando escolhemos sofrer em casa. Além, é claro e por fim, da persistente falta de leitos para os que deles mais precisam.
De qualquer forma, falando em problemas, como consolo para os amigos sul-mato-grossenses, se é que uma coisa dessas se consola, a situação não é muito diferente no resto do Brasil. Basta ver como estão os alunos da rede pública do “super-poderoso” estado de São Paulo. Ou mesmo uma vista sobre a questão do piso salarial que atormenta os professores de vários estados da Federação, inclusive de Santa Catarina. É só pararmos um pouco para observar e veremos que a coisa tá feia, se bem que aqui não haja o que dizer de novo né?
Mas, para não dizer que não falei das sobras em nosso país… os salários dos deputados estaduais e federais andam muito bem obrigado. Os prêmios e acréscimos para os governantes em nosso país também, nem se tem do que reclamar (não tem eles pelo menos). É tanta sobra, pelo menos numericamente falando, que nem vale muito o desgaste de vocês na leitura. Afinal, o que nos resta são sempre as sobras, só que desta vez no sentido das migalhas e esmolas.
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