O Nordeste brasileiro é uma região que inclui climas, culturas e economias bem diferentes, que não cabem em definições preconceituosas e sem fundamento. Seus estados são diferentes em alguns aspectos do restante dos estados brasileiros, mas também são diferentes entre si.
A região tem um alto índice de desigualdade e ainda miseráveis, muitas vítimas dos ciclos secos no semiárido, mas, ao contrário do que se pensa, não vive às custas do resto do país. As opções existem, apesar das dificuldades das áreas mais secas, tanto com o turismos quanto com produtos que se dão facilmente às condições climáticas da região. Isso sem falar nas opções culturais, extramente ricas, com tipos variados de dança, música e folclore. Só para citar a cultura musical, se não me esquecer alguma, tem-se o samba, o frevo, o baião, o xaxado, o maracatu e a ciranda.
Claro também que, além desses temas, quando se estuda a região vemos ainda questões relacionadas à desigualdade social, estrutura fundiária e relação entre capital e trabalho. São essas e outras coisas que se propôs mostrar Carlos Garcia em seu O que é Nordeste brasileiro*, da coleção Primeiros passos. Com ele e outros grandes estudiosos da região, como Celso Furtado, vemos o passado vistoso, sabendo que foi a “região mais rica da América Portuguesa durante mais de três séculos”. Do presente temos, por sua vez e embora com ressalvas, que “nos sertões nordestinos vive-se ainda quase que num regime pré-monetário”, onde existe um regime de trocas marcante (p. 57).
Vista da capital São Luiz, Maranhão
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No topo: Marco zero em Recife, PE. Foto de Delma Paz.
* GARCIA, Carlos. O que é Nordeste brasileiro. 8 ed., Coleção Primeiros passos, São Paulo: Brasiliense, 1990.
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