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Esse é um post para falar sobre o que é o Existencialismo. Uma corrente filosófica que esteve muito em destaque no século XX e que continua sendo fundamental para compreensão do ser humano.
As origens do Existencialismo como corrente de pensamento remontam ao século XIX – a exemplo das reflexões de Sören Kierkegaard. Mas foi no século XX que o Existencialismo ganhou corpo e especial destaque, a princípio com Martin Heidegger, depois com Jean-Paul Sartre.
Em torno desses dois o pensamento existencialista ganhou outros importantes autores, tais como Albert Camus e Simone de Beauvoir. O primeiro na poesia e a segunda com reflexões profundas sobre a condicação da mulher.
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Martin Heidegger
Martin Heidegger e o Ser
Heidegger é apontado como o primeiro grande pensador do Existencialismo. Mas ele rejeitava esse rótulo. Em seu livro Ser e Tempo, sua principal obra, lançado em 1927, Heidegger explora o conceito de “ser” (Sein) e a existência humana (Dasein), enfatizando que o ser humano é caracterizado pela sua relação com o mundo e com o tempo.
Eis aí um ponto fundamental na reflexão existencialista: a relação do ser humano com o mundo, como ele o afeta ou como ele afeta o mundo. Essa relação vai ocupar muito o próximo pensador que veremos, Jean-Paul Sartre – mas isso vemos daqui a pouco.
No caso de Heidegger, ele defende que a existência humana é marcada pela finitude e pela possibilidade, sendo a angústia (Angst) uma revelação da nossa liberdade diante das possibilidades e da inevitabilidade da morte.
Para Heidegger, compreender o ser não é apenas uma questão filosófica abstrata, mas uma experiência profundamente enraizada na vida cotidiana, e o autêntico modo de ser implica assumir a própria finitude e viver de forma genuína.
É como se você, sabendo que vai morrer, entendesse que deva tomar suas decisões e viver. Viver de forma consciente e comprometida com seu ser, com o que você pensar, tendo clara suas implicações sobre o resto do mundo.
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Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Sartre, foi sem dúvida um dos principais expoentes do Existencialismo. Na verdade, assumidamente ele se engajou em muitas causas tendo em mente as questões da existência.
Sartre defende que a existência precede a essência – essa é uma de suas muitas frases famosas. Ou seja, o ser humano nasce sem um propósito ou essência pré-determinada, e é responsável por criar o próprio significado através de suas escolhas e ações. Diferente dos demais animais, não teríamos nós os seres humanos uma “natureza”.
O gato, diria ele, tem instintos e padrões de conduta pré-definidos: ronrona, se lambe, mia, se esquiva e por aí vai. Está na sua “pré-instalação”, como diriamos com termos mais atuais. O ser humano não teria nada disso, porque sua existência estaria colocada antes que tenha alguma essência.
Em obras como O Ser e o Nada (1943) e no ensaio O Existencialismo é um Humanismo (1946), Sartre enfatiza a liberdade radical do indivíduo e a responsabilidade que essa liberdade implica, gerando angústia diante das possibilidades infinitas e das consequências de cada escolha.
Outra frase de efeito dele é que “estamos condenados a sermos livres”. O que não é necessariamente algo positivo, mas traz com frequência angústia ou causa a náusea. A Náusea, aliás, é tema de outro de seus livros, um romance existencialista.
Para Sartre, a autenticidade consiste em aceitar essa liberdade e agir de forma consciente. Isso quer dizer que não podemos e nem devemos nos refugiar em desculpas ou no “mau-uso da fé” (mau-fé), que é a negação da própria liberdade.
Enfim, ele vai dizer que o homem está condenado a ser livre porque “não criou a si próprio, e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que faz.”
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