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Às vezes quando damos aulas sentimos como se fossemos fabricantes de quebra-cabeças e como se os alunos vivessem para montá-los, ou quase isso…
Falo isso pensando em História, matéria que me formei e dou aulas, sempre observando a maneira como cada aluno se põe a montar a imagem que lhes é oferecida em partes dispersas em palavras e imagens quando das atividades propostas.
Sabemos que não são todos (todas) iguais, que tem gente diferente, de cabeça de todo tipo, com tempos de aprendizagem distintos por vezes, com limitações sempre presentes. Devemos valorizar a diferença, não desprezando o tempo de cada um, mas sabendo também que o desinteresse é uma infeliz realidade.
De qualquer forma, observar a maneira com que pegam aquilo que lhes é oferecido (textos, imagens, sons, etc.) e dele fazem uso nos ensina bastante coisa sempre.
Mas, aqui não vou falar daqueles que sofrem por alguma limitação intelectual (que muitas vezes nos dão verdadeiras lições de dedicação e zelo) e à parte o desinteresse, falemos daqueles que são ditos “normais” e são postos a montar os quebra-cabeças…
Reparo que, nas turmas que venho trabalhando, a maioria se preocupa em encaixar as peças que encontra em livros e textos, “achando-as” e por vezes (alguns dirão com frequência) não dando conta, produzindo assim verdadeiros Frankensteins, com peças desconexas e forçadamente ligadas, onde as “imagens” produzidas são distorções de dar calafrios. Mas lembremos que alguns deles tentaram, com algum esforço…
Alguns outros, por sua vez, se preocupam em colocar tudo no seu lugar, com visão lógica do tabuleiro, ordenando e anotando minúcias. Daí lembremos que estamos falando de uma disciplina que é das Humanas, que não pode ser tão bem encaixadinha assim…
De qualquer maneira esses se preocupam em não perder nenhuma peça, em colocar tudo no seu devido lugar. Desses podemos esperar coisas boas, cenas bem produzidas, embora sem deles ousar fugir.
Mas, existem os “reinventores” – e como dá gosto quando eles dão as caras! São aqueles que vão além, reelaborando o que leem/veem, aumentando o nível e a quantidade de peças no encaixe, deixando as simples carinhas e paisagens de poucas cores para se aventurarem em paisagens ricas e cheias de vida, acrescentando por vezes (e por conta própria) peças novas.
Esses devem sempre saber que são livres pra ousar e ir além do que não constava do roteiro inicial. São essas mesmas produções que dão vida nova e enchem nossos olhares de belas imagens, nos fazendo deixar a vida de inventores “super espertos” para nos tornarmos observadores (por que não?) de raridades que poderiam se tornar rotina…
E no fim, o que esperamos é que ao menos se sintam desafiados e que os quebra-cabeças que oferecemos nos sejam de vez em quando devolvidos com novas cenas, daquelas que fazem o quadro montado valer toda vista!
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Existe um consenso entre os especialistas da area de educacao de que a pesquisa e um elemento essencial na formacao do docente. E nos últimos anos vem sendo defendida a ideia de que ela deve ser parte integrante do trabalho do professor, ou seja, de que ele deve se envolver em projetos de pesquisa-acao nas escolas ou salas de aula. No entanto, muitas questoes vem sendo formuladas quanto a forma de inserção da pesquisa na formação e na pratica docente.
Pergunta-se – como vem se processando a articulação entre ensino e pesquisa nas universidades e qual sua contribuicao para a melhoria dos cursos de graduação? De que professor e de que pesquisa se esta tratando quando se fala em professor pesquisador? Que condições tem o professor que atua nas escolas para fazer pesquisas? Que pesquisas vem sendo produzidas? A obra busca dar subsídios para superar tanto uma visão romântica quanto uma critica amarga sobre o potencial da pesquisa na formacao e na prática docente.
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