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Um dos grandes problemas do Nordeste, mas não só dele, também do Brasil de maneira geral, é o latifúndio. Surgido desse mundo do sertão, símbolo do Nordeste moderno, “cabra da peste, do Ceará”, o emblemático poeta Patativa do Assaré verseja para cutucar a onça intrusa do “latifúndio” que assombra a região em “A terra é nossa”. 


A terra é um bem comum
Que pertence a cada um
Com o seu poder além,
Deus fez a grande natura
Mas não passou escritura
Da terra para ninguém


Se a terra foi Deus quem fez
Se é obra da criação
Deve cada camponês
Ter uma faixa de chão.


Sei que o latifundiário
Egoista e usuário
Da terra toda se apossa,
Causando crises fatais
Porém nas leis naturais
Sabemos que a terra é nossa.


Quando um agricultor solta
O seu grito de revolta
Tem razão de reclamar,
Não há maior padecer
Do que um camponês viver
Sem terra pra trabalhar.

Assista ao próprio Patativa recitando-o.






* Se estiver lendo no e-mail, clique aqui para assistir.

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Veja outras postagens da série Nordeste Brasileiro
* No topo: Patativa do Assaré. Foto de autor desconhecido.


** Originalmente postado em 22/dez/2012.

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