Não digo seu nome.
Não posso acordar e vê-la.
Andar de mãos dadas.
Abraçá-la quando lhe vejo.
Dizer aquilo.
Escondo lá dentro.
Bem no fundinho.
No cantinho direito do peito.
Penso que é até ficar velhinho.
Não podemos brincar de ciranda.
Às vezes de esconde-esconde.
Às vezes acordo com medo do escuro. E lhe procuro.
Às vezes não digo. Você também.
Paro e fico olhando seus olhos.
Seus dedos. Ouço sua voz pelos cantos.
Sinto seu cheiro. Durante as tarde de inverno.
Às vezes penso e não digo: em linha reta.
Às vezes quero parar o trânsito.
Ouvir som de você chegado. Subido as escadas.
Quero nós nesse apartamento.
Organizar minhas coisas. Para você chegar.
Depois. Quero bagunçar tua cama.
Seu corpo. E depois dizer que te amo.
Entrei. Corri. Rápido.
Pelo corredor.
Olhos atentam.
Na sala.
Abro em sorriso.
Abro aquilo que tenho de melhor.
Simples. Coração. Que ainda chora.
Quando vai.
Aperta.
Quando ali.
Vou confessar.
Você espera.
Ansioso.
Nada.
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