Nos dias em que brincávamos descansadamente no pátio de casa, era um tempo bom…
Deixávamos tudo limpo.
Aquele terreiro era a nossa casa e as cascas das árvores, utensílios preciosos.
Éramos crianças jovens, não tínhamos as preocupações que hoje atormentam cabeça e coração…
Hoje, o enorme pátio de outrora transformou-se em um quintal pequenino e comum;
As árvores, imensas antigamente, são apenas velhos arbustos;
As crianças, ingênuas e sonhadoras, cresceram, modificaram-se, evoluíram…
Não sei se o tempo passou ou se passamos por ele, mas a verdade é que aquele tempo permanece vivo em minha memória e coração…
Cresci, mas não perdi a magia de criança…
O tempo não conseguirá arrancar de mim as tantas brincadeiras, o sonho, os desejos de futuro compartilhados na velha poltrona lá da sala…
Aquele refrigerante dividido entre todos na hora do almoço;
A reunião da família, nem sempre consensual, mas sempre muito forte para enfrentar as dificuldades…
Ah, quanto há para recordar…
Quanta saudade…
Dos tempos em que atravessávamos a velha árvore derrubada, as quedas de bicicleta, os sapatos feitos com pedaços de madeira e tiras de pano, os amigos…
As palavras não conseguem expressar tanta emoção…
Poema: “Recordações…” | por Conceição A. Pereira | Terças Poéticas
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Conceição Aparecida Pereira é professora de Língua Portuguesa e Literatura, formada em Letras pela UNIJUÍ, mestre em Educação e Cultura pela UDESC, membro da ALBSC – Seccional Barra Velha, poeta, cronista, contista, mas antes de tudo uma recolhedora das suas próprias histórias de vida, arte e amor.
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