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Praça Antonio João: um exemplo da memória em Dourados, MS [por Poliana Gianello Santini]

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Desde antes da criação do Distrito de Paz de Dourados em 1914, a população local, passou a utilizar e a se apropriar de um terreno na área central do mesmo, como campo de futebol e espaço para a realização das Cavalhadas em época de carnaval.

Mas a partir de 1925, devido a construção da capela de Dourados (hoje igreja matriz), em frente ao terreno, o mesmo passou a ser utilizado para a realização de quermesses, cujo objetivo era levantar fundos para a construção da igrejinha. Aos poucos então, a população parou de jogar futebol, bem como de realizar as Cavalhadas no local e o mesmo acabou sendo cercado e algumas arvores foram plantadas.

A partir dos anos de 1950, alguns bancos foram colocados no terreno e Dourados (agora município) passou a chamar o referido terreno de “Praça”. Nesta época ainda ela passou a ter características próprias de uma praça, passando a se chamar “Praça Antonio João”, em referencia ao bravo tenente Antonio João defensor da Colônia Militar dos Dourados durante a Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra do Paraguai.

Desde então a Praça passou por inúmeras “reformas” e “revitalizações”, durante muito tempo a Praça possuiu um belo chafariz em seu centro, mas que foi substituído por jardins suspensos com fontes de água. Hoje a Praça encontra-se em mais uma “revitalização”, onde ela voltara a ser praticamente toda plana e terá novamente o seu chafariz.

Chafariz, este que muitos lembram com saudade, principalmente ao olharem a foto do mesmo que se encontra em exposição no Museu Histórico de Dourados. Mas entre as pessoas que não conheceram o chafariz também é unânime que a Praça deveria ser linda com o chafariz construído pelo “seu” Evaristo Ferreira da Silva.

Portanto o que nos convém questionar no momento, é se já houve por parte dos nossos representantes municipais, alguma preocupação sobre o que a população pensa em relação às revitalizações ocorridas na Praça, bem como, o que ela representa para a sociedade douradense, para que a mesma possa ter a cara de Dourados e de sua população, não se tornado assim apenas mais um local esquecido dentro de Dourados.

Poliana Gianello Santini é formada em História, Mestre em Educação e professora da rede pública de Mato Grosso do Sul.

*Originalmente postado em 6/mar./2008.

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  1. Avatar de José A. Fernandes

    É complicado a busca de um entendimento sobre o que a população douradense vai desejar para um modelo de praça. Inda mais levando em conta que sempre existem multiplas idéias sobre qualquer coisa. Não há uma só.
    Neste caso se trata de algo que tem “a cara de Dourados e de sua população”, uma praça pública. A função ou a idéia que se faz sobre os governantes é de que “representam o povo”, mas que povo? E que gosto eles defendem? Seria legal que se fizessem pesquisas se fosse o caso, mas uma única idéia, isso não há.

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