Todo professor já teve uma experiência parecida com esta: você prepara cuidadosamente um conteúdo novo, interessante (pelo menos você acredita que seja), com interações que devem chamar a atenção dos alunos (pelo menos na maioria das turmas). Você explica tudo com os mínimos detalhes, usando ferramentas diferenciadas, acreditando, como um “missionário” alckminiano que vai conseguir passar a sua “mensagem”.
Foi o que aconteceu comigo por esses dias, e como disse creio que aconteça com todos os teachers, em uma aula em um 9º Ano. O Assunto central era o Neocolonialismo, ou como prefiram o Imperialismo de finais do século XIX e início do XX. Dediquei um tempo considerável vendo documentários, lendo textos diversos, recuperando informações com as quais não trabalhava já há algum tempo. Preparei a aula com a intenção de evitar que os alunos ficassem entediados e se perdesse no desinteresse. Para isso, usei livros e revistas, visões diferentes e ferramentas complementares.
Nesses últimos dias estamos chegando na fase de revisão do que aprenderam. Foi quando li um trecho de A era dos impérios de Eric Hobsbawm, a fim de fazer-lhes ver o que um grande historiador tinha a dizer sobre o assunto. No final um jogo onde os alunos teriam um tempo e deveria me perguntar o que ainda não sabiam, com a condição (e aí meu lado mais “perverso”) de que só assim poderiam sair para ir ao banheiro ou tomar água. Na maioria dos casos surtiu o efeito desejado e não precisei ser mau: fizeram perguntas, inteligentes por sinal.
Mas, como nem tudo é perfeito, sempre percebemos lacunas e situações que nos deixam sem palavras e consternados. Eu explico. Um aluno levantou a mão para fazer uma pergunta, como combinado, ávido para ir no banheiro e disparou: “professor, o que é Imperialismo?”.
Depois dessa pergunta, eu nem sabia ao certo o que dizer. Onde eu teria errado? Não teria sido a aula interessante o suficiente? Ou simplesmente ele não se interessou pelo conteúdo e só “prestou atenção” quando era conveniente? Além dessas podem surgir outras tantas dúvidas e consequentemente respostas. O que vocês acham? Sugerem algo? Sigo pensando…
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