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No dia 14 de julho os franceses celebram a queda da Bastilha, parte importante da Revolução Francesa de 1789.

A Bastilha era uma antiga prisão que ficava em Paris. Ela simbolizava o Antigo Regime francês, com sua divisão em Estados (Clero, Nobreza e Terceiro Estado), e a opressão do povo que fazia parte do Terceiro Estado.

A situação econômica e social da França naquele ano de 1789 não ia nada bem, passando o reino do absolutista Luís XVI por uma por uma grande crise financeira, agravda pelas dívidas contraídas de sua participação na Revolução que deu a Independência às antigas 13 Colônias Britânicas na América do Norte, que viriam a se chamar Estados Unidos.

Claro que isso não explica tudo, tendo que ser somado à existência de um sistema desigual de taxações, que pesava sobre o Terceiro Estado em favor do Clero e da Nobreza. Esses últimos não pagavam impostos e gastavam demais. 

Os Estados Gerais e o desfecho

Em 5 de maio de 1789 os Estados-Gerais foram convocados e tinham a missão de  dar uma solução ao problema.

Porém, as coisas não andaram como o esperado, isso porque foram impedidos de agir por protocolos conservadores e arcaicos do Segundo Estado, a Nobreza, que consistia em apenas 1,5% da população francesa na época.

Em 17 de junho, o Terceiro Estado, que incluía um número de cabeças muitas vezes maior e diverso que os outros dois, com seus representantes mais poderosos vindos da bourgeoisie (burguesia), se reorganizou na forma da Assembleia Nacional. Ela era uma entidade cujo propósito era a criação de uma constituição francesa.

O rei se negou de início a concordar com esta ideia, o que agravou a crise. Isso levou o povo, comandado pela burguesia, a agir, dando início à Revolução Francesa. O símbolo disso, foi a queda da Bastilha e as ações violentas que se generalizaram.

Diante do que estava acontecendo, já em estado de revolução, o rei Luis ZVI não pode mais resistir e foi obrigado a reconhecer a autoridade da assembleia. A partir da Revolução, ela passou a ser chamada de Assembleia Nacional Constituinte.

Somado à invasão e queda da Bastilha, teríamos as muitas ações populares, a tomada do poder pelos revolucionários, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a nova Constituição, a morte do rei na guilhotina… enfim, eventos que, daí em diante, fariam parte do cenário dramático francês até o fim da Revolução em 1799. 

Veja imagens da Bastilha (retiradas da internet):

Dica de livro

A Revolução Francesa 1789-1799, Michel Vovelle

Fontes:

François Furet – Pensar a Revolução Francesa, editora Edições 70, 1988.

Eric Hobsbawm –  A Revolução Francesa, Editora Paz e Terra, 2005.

Encyclopedia Britannicaedição de 1911: http://pt.wikipedia.org/wiki/Encyclop%C3%A6dia_Britannica_(edi%C3%A7%C3%A3o_de_1911

* Originalmente postado em 14/jul/2013

 

 

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